Foi lançado em 2008, um CD duplo que reúne um total de 42 canções gravadas no período compreendido entre os anos de 1964 e 1968. Um terceiro CD juntará o material registado a partir de 1970 até 1972 onde participou Vickie, uma cantora sul-africana dona de uma excepcional voz. O teclista João Paulo Agrela (falecido a 23 de Abril de 2007), Rui Brazão (guitarra ritmo), Ângelo Moura (baixo), José Gualberto (bateria), Carlos Alberto (guitarra) e Sérgio Borges (voz) eram nos anos 60 os músicos do grupo madeirense. O sucesso do Conjunto Académico João Paulo, no continente e também em África, foi elevado. Os espectáculos registaram lotações esgotadas e a popularidade do grupo atingiu elevados índices. Ainda durante este ano o Círculo dos Leitores irá publicar a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, composta por 4 volumes e onde há uma entrada com o grupo de 'Chove', 'Milena (A da Praia) e 'Balada de Uma Rapariga Triste".
Eu também não compro cd´s com sistemas contra cópia, o quê ! pagar por um cd que não se pode fazer o usufruto pessoal como se quer ? Não, muito obrigado, por mim e mais alguns consumidores que eu conheço, digo que os editores podem ficar com esses cd´s códificados nas prateleiras dos armazéns, era o que faltava mesmo, comprar o cd e depois se quisermos mandar as musicas do cd para o IPod ou Mp3 ter de comprar de novo essas musicas em alguns sites que existem para esse efeito, não queriam mais nada, pois não ? !!! ...dispenso os cd´s com sistemas contra copia, isso é contra a minha filosofia como consumidor.
Recentemente li um artigo aqui na net em que se dizia que os Sheiks eram apelidados de os Beatles portugueses, eu particularmente não partilho dessa openião, para mim os Beatles portugueses eram o Conjunto Académico de João Paulo, e os Sheiks eram mais os Rolling Stones portugueses, eram duas das melhores bandas portuguesas da década de 60, O Conjunto Académico de João Paulo com uma linha melódica mais pop, como os Beatles, e os Sheiks eram mais rock`n`rollers e blues, como os Rolling Stones, ambas as bandas para além de tocarem covers, tinham também composições originais próprias, e sinceramente, acho que os temas originais do Conjunto Académico de João Paulo muito melhores, que os originais dos Sheiks, embora eu também goste muito dos Sheiks, e a sonoridade em estudio do Conjunto Académico de João Paulo, também era (é) muito melhor que a dos Sheiks, de tudo o que eu tenho ouvido gravado na década de 60 em Portugal, o Conjunto Académico de João Paulo foi o que teve melhores resultados a nível de som de seus discos, e de sucesso também.
Estas eram as musicas portuguesas que mais tocavam nos bailes organizados pela malta na Escola Industrial e Comerçial do Funchal, hoje chamada Escola Francisco Franco, em iniçios da década de 70, o Conjunto Académico de João Paulo, era a banda portuguesa mais popular durante a década de 60 e iniçios da década de 70, ao entrar na década de 70, o Conjunto de João Paulo, já com dois elementos novos, tornou-se numa banda de suporte a Sergio Borges, nesta fase era mais Sergio Borges a solo, e não o Conjunto de João Paulo como outrora já tinha sido, também no iniçio da decada de 70 eles actuaram como banda de suporte de uma cantora africana chamada Vickie , chegando a gravar dois EP´S como banda de suporte dessa cantora, a melhor época do Conjunto Académico de João Paulo foi sem dúvida na década de 60, com a formação original, a qual gravaram as excelentes 43 canções que fazem parte deste fabuloso CD, embora digam que o boom do rock português foi a partir de 1979/1980 com Rui Veloso, UHF, GNR e muitissimos outros, na realidade o Boom do rock português teve iniçio em 1960 os Conchas, Zeca do Rock, Daniel Bacelar, com maior incedênçia entre 1963-1969 quando apareceram o Conjunto Mistério, o Conjunto Académico de João Paulo, os Sheiks e muitos outros, na década de 70 o rock esteve meio apagado, tendo alguns nomes a resistir, como os Tantra e os Arte & Ofiçio, e veio a recuperar o seu espaço na década de 80 até aos dias de hoje, Se Rui Veloso é o Pai do rock português, e se Jose Cid diz que é o Avô do rock português, então o Conjunto Académico de João Paulo, os Sheiks , Os Conchas, Daniel Bacelar, Conjunto Mistério, Vitor Gomes e muitos outros, foram os bisavós do rock em Portugal.
Sem dúvida alguma que o Conjunto Académico de João Paulo foi uma das grandes bandas portuguesas da década de 60, mas discordo completamente da openião que foram os Beatles portugueses, como se diz num dos comentários acima, realmente foram os Sheiks quem mais se aproximou da sonoridade dos Beatles no iniçio de carreira na primeira metade da década de 60, e também foram os Sheiks que também mais se aproximaram da sonoridade dos Rolling Stones, basta ouvir as suas gravações da década de 60 com muita atenção para se constatar isso, o Conjunto Académico de João Paulo era uma banda que mais se aproximava daquilo que se fazia por artistas franceses e italianos, naquela que foi a década de ouro (Anos 60) da musica europeia, e que ia beber raízes musicais nas influênçias do velho roc~k´n´roll, rock beat, norte-americano, que de resto era a formula base que os artistas ingleses, franceses e italianos se inspiravam no iniçio da década de 60, o Conjunto Académico de João Paulo sempre soube dar um cunho muito pessoal no trabalho que fazia, isso o diferênçiava de todas as outras bandas da época, eram simples, directos e imaginativos, sempre souberam dar um ar de frescura nos temas cover que tocavam, e os seus temas originais foram das coisas mais belas que se fizeram na década de 60 em Portugal, tudo isto no período compreendido entre 1964-1968, que foi a época de ouro desta banda, já na entrada da década de 70, confesso que a banda teve uma baixa de qualidade e já não era a mesma coisa, e este também foi o iniçio do fim, levando o nome Sergio Borges e o conjunto João Paulo, com canções que nada tinham a ver com oa anos dourados desta grande banda, que a foi, na década de 60.